<font color=0093dd>400 postos de trabalho em risco</font>
No final de mais uma acção de campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa esteve, segunda-feira, à porta dos estaleiros navais da Lisnave-Gestnave, na Mitrena, Setúbal, onde contactou com os trabalhadores.
Isto não decorre apenas da governação do PSD e do CDS-PP
Percorrendo as Praias do Sado, em direcção à Mitrena, avista-se, de longe, um gigantesco guindaste que dá conta do nome da empresa que Jerónimo de Sousa foi visitar, a Lisnave. À porta, dezenas de pessoas, enquanto aguardavam pelo secretário-geral do PCP, inspirados pela música que fluía do carro de som, iam distribuindo, a todos os trabalhadores, as propostas da CDU para o distrito de Setúbal.
Após a sua chegada, Jerónimo de Sousa - acompanhado de Francisco Lopes, Odete Santos, Heloísa Apolónia e Bruno Dias - conversou com José Dias, da Comissão de Trabalhadores da Gestnave, que pediu o apoio da CDU para evitar a extinção de 400 postos de trabalho, actualmente em risco.
Manifestando-lhe a sua solidariedade, o secretário-geral do PCP responsabilizou não só os últimos dois governos de maioria PSD/CDS-PP, mas também os governos anteriores do PS por causa da difícil situação que se vive naquela empresa.
«Isto não decorre apenas da governação do PSD e do CDS-PP. Nós lembramos que noutras eleições anteriores em que o PS, pela voz de Jorge Coelho, através da facilitação da vida do Grupo Melo, doando-lhe cerca de 40 milhões de contos, garantiu que havia uma medida de saneamento financeiro que visava a criação de 15 mil postos de trabalho. Hoje, a Lisnave tem pouco mais de mil e há esta situação de 400 trabalhadores da Gestnave a serem empurrados para fora do mercado de trabalho», afirmou Jerónimo de Sousa, sublinhando que é urgente e é possível construir a mudança, uma mudança que coloque um ponto final às políticas de direita que duram à 28 anos.
O secretário-geral do PCP acusou, entretanto, Paulo Portas de fazer «mistificações» ao levantar a «bandeira da salvação» da indústria naval quando há 17 estaleiros ameaçados. «As encomendas (dos estaleiros de Viana do Castelo) são apenas 11 por cento da capacidade instalada. Dizer que salvou a indústria naval é esquecer situações como esta, há mais 17 estaleiros. É olhar para aqui e ver», concluiu.
Após a conversa com o sindicalista, porque era hora dos trabalhadores renderem o turno, Jerónimo de Sousa juntou-se aos seus camaradas e, por entre abraços de incentivo de «malta» conhecida, distribuiu os panfletos da CDU.
Chuva de gente
Ao final da tarde, com a chuva a dar ar da sua graça, o secretário-geral do PCP viveu um momento enérgico de campanha eleitoral, numa arruada no centro de Setúbal. Dezenas de pessoas, militantes, activistas, simpatizantes, esperavam, no Largo da Misericórdia, por Jerónimo de Sousa que, por entre cumprimentos, fez questão de entrar em quase todos os estabelecimentos comerciais. Carlos de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, também participou na iniciativa da CDU.
Com um sorriso sincero, a corresponder ao entusiasmo com que era apoiado, Jerónimo de Sousa garantiu, a quem o interpelava com alguma questão, que o voto na CDU «conta a dobrar» na tentativa de resolução e denúncia dos problemas.
No final da arruada, Jerónimo de Sousa denotava grande confiança. «Temos razões para sair daqui animados para fazer o resto da campanha», disse aos apoiantes, afirmando que, comparativamente com a campanha de há três anos, «hoje nota-se maior simpatia, maior afectividade». «Transformar a simpatia depende de cada um de vós», disse, alertando para a existência, ainda, «de muitos indecisos».
Já Francisco Lopes, cabeça de lista da CDU por Setúbal, pegou na questão da co-incineração para resíduos perigosos, medida com que José Sócrates prometeu avançar caso fosse primeiro-ministro, para pedir o voto na CDU a 20 de Fevereiro. «A co-incineração é uma sombra que querem lançar sobre a qualidade de vida de Setúbal», avisou, acrescentando que, «para impedir isto, são necessários mais votos e mais deputados na CDU».
Visita à feira de S. Teotónio
Na parte da manhã, Jerónimo de Sousa visitou, ao lado de José Soeiro, cabeça de lista da CDU por Beja, a feira de S. Teotónio, no concelho de Odemira.
Sublinhando que «é preciso mudar as coisas» e «dar um empurrão» que leve à «recusa das políticas de direita», o secretário-geral do PCP ouviu lamentos de «mau negócio» por parte dos feirantes e de «falta de dinheiro para compras» da parte de populares. «Este é o diagnóstico mais claro e inequívoco da situação do poder de compra no País», concluiu.
Após a sua chegada, Jerónimo de Sousa - acompanhado de Francisco Lopes, Odete Santos, Heloísa Apolónia e Bruno Dias - conversou com José Dias, da Comissão de Trabalhadores da Gestnave, que pediu o apoio da CDU para evitar a extinção de 400 postos de trabalho, actualmente em risco.
Manifestando-lhe a sua solidariedade, o secretário-geral do PCP responsabilizou não só os últimos dois governos de maioria PSD/CDS-PP, mas também os governos anteriores do PS por causa da difícil situação que se vive naquela empresa.
«Isto não decorre apenas da governação do PSD e do CDS-PP. Nós lembramos que noutras eleições anteriores em que o PS, pela voz de Jorge Coelho, através da facilitação da vida do Grupo Melo, doando-lhe cerca de 40 milhões de contos, garantiu que havia uma medida de saneamento financeiro que visava a criação de 15 mil postos de trabalho. Hoje, a Lisnave tem pouco mais de mil e há esta situação de 400 trabalhadores da Gestnave a serem empurrados para fora do mercado de trabalho», afirmou Jerónimo de Sousa, sublinhando que é urgente e é possível construir a mudança, uma mudança que coloque um ponto final às políticas de direita que duram à 28 anos.
O secretário-geral do PCP acusou, entretanto, Paulo Portas de fazer «mistificações» ao levantar a «bandeira da salvação» da indústria naval quando há 17 estaleiros ameaçados. «As encomendas (dos estaleiros de Viana do Castelo) são apenas 11 por cento da capacidade instalada. Dizer que salvou a indústria naval é esquecer situações como esta, há mais 17 estaleiros. É olhar para aqui e ver», concluiu.
Após a conversa com o sindicalista, porque era hora dos trabalhadores renderem o turno, Jerónimo de Sousa juntou-se aos seus camaradas e, por entre abraços de incentivo de «malta» conhecida, distribuiu os panfletos da CDU.
Chuva de gente
Ao final da tarde, com a chuva a dar ar da sua graça, o secretário-geral do PCP viveu um momento enérgico de campanha eleitoral, numa arruada no centro de Setúbal. Dezenas de pessoas, militantes, activistas, simpatizantes, esperavam, no Largo da Misericórdia, por Jerónimo de Sousa que, por entre cumprimentos, fez questão de entrar em quase todos os estabelecimentos comerciais. Carlos de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, também participou na iniciativa da CDU.
Com um sorriso sincero, a corresponder ao entusiasmo com que era apoiado, Jerónimo de Sousa garantiu, a quem o interpelava com alguma questão, que o voto na CDU «conta a dobrar» na tentativa de resolução e denúncia dos problemas.
No final da arruada, Jerónimo de Sousa denotava grande confiança. «Temos razões para sair daqui animados para fazer o resto da campanha», disse aos apoiantes, afirmando que, comparativamente com a campanha de há três anos, «hoje nota-se maior simpatia, maior afectividade». «Transformar a simpatia depende de cada um de vós», disse, alertando para a existência, ainda, «de muitos indecisos».
Já Francisco Lopes, cabeça de lista da CDU por Setúbal, pegou na questão da co-incineração para resíduos perigosos, medida com que José Sócrates prometeu avançar caso fosse primeiro-ministro, para pedir o voto na CDU a 20 de Fevereiro. «A co-incineração é uma sombra que querem lançar sobre a qualidade de vida de Setúbal», avisou, acrescentando que, «para impedir isto, são necessários mais votos e mais deputados na CDU».
Visita à feira de S. Teotónio
Na parte da manhã, Jerónimo de Sousa visitou, ao lado de José Soeiro, cabeça de lista da CDU por Beja, a feira de S. Teotónio, no concelho de Odemira.
Sublinhando que «é preciso mudar as coisas» e «dar um empurrão» que leve à «recusa das políticas de direita», o secretário-geral do PCP ouviu lamentos de «mau negócio» por parte dos feirantes e de «falta de dinheiro para compras» da parte de populares. «Este é o diagnóstico mais claro e inequívoco da situação do poder de compra no País», concluiu.